quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Em época de Natal nunca é demais recordar; Prémio Nobel da Paz 2014 - publicado no Jornal do Pico a 31 de Dezembro de 2014

Em época de Natal nunca é demais recordar; Prémio Nobel da Paz 2014
Anunciado em Oslo pelo presidente do Comité Norueguês do Nobel, Thorbjern Jagland, o prémio Nobel da Paz 2014 foi entregue à ativista paquistanesa Malala Yousufzai e ao indiano Kailash Satyartthi.
O Comité Nobel chama a atenção para a atribuição do prémio a "um hindu e a uma muçulmana, um indiano e uma paquistanesa, que se juntam numa luta comum pela educação e contra o extremismo" e acrescenta "as crianças têm de ir à escola e não podem ser financeiramente exploradas". O prémio foi atribuído aos dois ativistas "pela sua luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação".
Em 2012, a jovem Malala Yousufzai foi alvo de um atentado por um grupo de talibans que controlava a região paquistanesa onde vivia. Malala sobreviveu e tornou-se uma das vozes mais ouvidas na área dos direitos das crianças à educação. Em 2013, recebeu o Prémio Sakharov, atribuído pelo Parlamento Europeu. O dia 12 de julho, data do seu aniversário, foi batizado pela ONU como o “Dia de Malala”. Há um ano, foi publicada a sua biografia, Eu Malala, da autoria da jornalista britânica Christina Lamb. Malala é a mais jovem de sempre a receber o prémio.
 Kailash Satyarthi abandonou uma carreira de engenheiro eletrónico para se dedicar à luta contra o trabalho infantil nos anos 80. A organização que fundou, Bachpan Bachao Andolan, já conseguiu retirar perto de 80 mil crianças do trabalho escravo, conseguindo devolvê-las à educação e ajudar na sua reintegração.
Para o ativista, este prémio representa o "reconhecimento da dor que milhões de crianças sofrem". Satyarthi é o promotor de vários movimentos da sociedade civil, incluindo o maior dedicado a este tema, a Marcha Global contra o Trabalho Infantil, que une muitas organizações não-governamentais de todo o mundo.
Na Índia, promoveu ações para tornar a educação um direito constitucional. Na sequência disso, em 2009, foi aprovado no seu país a Lei do Direito à Educação Gratuita e Obrigatória. Outras leis foram entretanto aprovadas. Contudo, o problema continua a ser a prática, consequência da pobreza e da corrupção e também a falta de escolas com boas condições e bons professores.
Exemplos a não esquecer nesta quadra natalícia.

Termino fazendo votos de que tenham tido um Santo Natal e de que sejam felizes em 2015.

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