sexta-feira, 11 de outubro de 2013

LABORATÓRIO REGIONAL DE ENOLOGIA DOS AÇORES. QUE FUTURO?


Laboratório Regional de Enologia dos Açores. Que futuro?


Foi com enorme satisfação que tomei conhecimento das declarações do Secretário Regional dos Recursos Naturais o qual “destacou os bons resultados da atividade vitivinícola verificados na ilha do Pico, que contribuem já para o desenvolvimento económico dos Açores, designadamente, no que diz respeito à produção de uva e de vinho e à sua relação, por exemplo, com o Enoturismo”, lembrando ainda “ajudas significativas provenientes de vários programas específicos, como o Prorural, o Vitis e o Leader e os apoios ao investimento que estão disponíveis para os vitivinicultores açorianos“.

Convém lembrar que foi justamente por se ter presente o desenvolvimento da atividade vitivinícola verificado na ilha do Pico que o Laboratório Regional de Enologia (LRE) surge, na sequência da Resolução do Conselho de Governo nº 33/2008 de 5 de Março que autoriza a abertura do concurso público com vista à adjudicação da empreitada da sua construção, nesta Ilha. O LRE é uma infraestrutura com novecentos metros quadrados que custou cerca de 1,2 milhões de euros e que foi construído tendo presente a experiência de vários laboratórios do país, de forma que o seu layout fosse o mais adequado para as funções a desempenhar.

Iniciou o seu funcionamento com os equipamentos que vieram do Laboratório de Enologia do SDAP. Nomeadamente: Winescan, densímetro eletrónico, titulador automático, destilador, banho-maria, ultrassons, balanças, sistema de desmineralização de água, buretas e todo o material corrente de um laboratório de físico-química. Desde a sua entrada em funcionamento até hoje, houve um reforço no seu apetrechamento com: um destilador de vapor, uma caixa escura com lâmpada de ultravioleta, um espectrofotómetro, um cromatógrafo gasoso, espectrómetro de absorção atómica, uma balança analítica e um sistema de produção de água ultrapura.

O LRE, dadas as suas enormes potencialidades, está/continua, contudo, muito longe de dele se retirar o maior proveito possível. É urgente dar início ao seu processo de acreditação - tal como já está a acontecer com a Comissão Vitivinícola Regional. Só um LRE com métodos de ensaio acreditados poderá ser uma referência nacional e ter na venda de serviços uma importante fonte de receitas.

Importa pois ultrapassar alguns constrangimentos. É certo que, embora muito já tenha sido feito, ainda faltam alguns equipamentos fundamentais - a acreditação, a falta de pessoal especializado e de software de gestão laboratorial são os mais relevantes. Pôr mãos à obra é o que se pede e se exige para conclusão deste processo que muitos proveitos trará à nossa Região.

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